Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 16 de abril de 2021

Livro: Eu e esse Meu Coração

Autora: C. C. Hunter

Editora: Grupo editorial pensamento (editora Jangada)

Ano de publicação: 2018


Eu e Esse Meu Coração conta a história de Leah Mackenzie, uma garota de 17 anos que não tem um coração de verdade. Portanto, o que a mantém viva é um coração artificial que funciona por baterias – e Leah o carrega numa mochila. Além disso, a garota também tem um tipo sanguíneo raro, então suas expectativas de um transplante de órgão são mínimas. Por isso, ela se conformou e decidiu viver seus dias contados da melhor maneira possível, seguindo sua “lista de coisas a fazer antes de morrer”. Mas então tudo muda, ela tem uma segunda chance de viver: aparece um doador compatível. Leah é transplantada!!!

Só tem um problema, Leah descobre que o coração que agora bate dentro dela é de um garoto de sua escola,Eric, que supostamente se matou, irmão gêmeo do garoto que ela gosta desde o Ensino Fundamental. O irmão, Matt, se recusa a acreditar que Eric tenha cometido suícidio e entra numa luta para provar que algo estranho aconteceu, ele pode sentir.

Quando Leah o procura, eles descobrem que ambos têm sonhos estranhos com Eric, sonhos que eles acreditam que podem conter pistas do que realmente pode ter acontecido. Logo, a busca pela verdade se torna uma missão para os dois jovens, que começam a investigar por conta própria, contrariando suas famílias e desafiando a polícia.

Enquanto tentam desvendar a verdade que só eles dois acreditam, Leah e Matt  sentem que há uma conexão muito forte entre os dois, e a paixão nasce e cresce entre eles, que sentem muito medo, pois não querem correr o risco de perder um ao outro.

Mas nem a vida, nem um coração transplantado vêm com garantias. Quem diria que viver exige mais coragem do que morrer?

 

Este livro é incrível envolvente, com um toque de mistério, que narra uma história de amor pura e intensa, que nasce, cresce e transborda em meio a um turbilhão de acontecimentos estranhos e perigosos.

 Também fala de recomeços, de perdas irreparáveis, de amadurecimento precoce, de saúde, amizades e corações que amam apesar de tudo. É um livro que fala sobre sentir. Sentir além daquilo que se pode compreender.

 Fala também do amor sem medidas dos pais pelos filhos. Confesso que o amor da mãe de Leah pela filha, incondicional e tão cheio de cuidados, e de medos de perder a filha única, me deixou com um nó na garganta durante toda a leitura. Ah...também aborda o constrangimento entre mãe e filha, quando o assunto é sexo; e do laço forte de confiança que deve ter entre elas.

A autora escreve de forma leve sobre assuntos tão sérios, narrado na 1ª pessoa por Leah e na 3ª pessoa por Matt, e dá muito certo!!!! Gostei muito da forma com que ela desenvolveu o mistério e também abordou toda a questão do transplante de Leah, que ela vai ter que ter cuidados rotineiros e diários, vai tomar imunossupressores a vida toda, e da ligação dela com o dono do coração que recebeu.
No final do livro a autora conta que se inspirou em uma história real, com o seu marido, que foi transplantado, para escrever este livro e eu acho muito bacana quando existe este tipo de ligação.
Sem falar no lindo incentivo a doação de órgãos, é muito importante termos livros abordando esta temática e mostrando a sua importância.


Trechos preferidos do livro:

“Então, por favor, prove que a minha médica está certa. Prove que se preocupar é uma condição humana. Inscreva-se para ser doador, de modo que outros lá fora possam experimentar a arte de fazer o amanhã. E, enquanto você estiver vivo, seja criativo com sua própria vida. Você só tem uma. Faça com que ela seja importante. Viva, não como se você fosse morrer amanhã, mas como se o amanhã fosse uma promessa.”

"Ler é como dar férias para a mente. Bem, se o livro for bom, é claro." (pág. 201)

Se não tivermos cuidado, o ontem pode roubar nosso hoje e nossos amanhãs.(ppag 418)

"Aprender a viver. Aprender a contar com o amanhã e com o próximo ano. Sabendo que nós dois ainda estamos vivos e tentando descobrir o que fazer." (pág. 325)

 

 


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