Editora: Sextante
Páginas: 304
Lançamento: 2019
Gênero: autobiografia, histórico
No livro “A Bailarina de
Auschwitz” acompanhamos a trajetória de Edith Eger antes, durante e depois da
guerra. Ainda adolescente, a bailarina e ginasta foi enviada a Auschwitz,
juntamente com sua família- que era judia- e sofreu todo tipo de horror físico
e psicológico que só podemos imaginar; sendo encontrada viva numa pilha de
corpos quando as forças aliadas chegaram à Alemanha e libertaram os
sobreviventes dos anos de horror, vítimas do Holocausto. É a história inspiradora e inesquecível de uma mulher que viveu os
horrores da guerra e, décadas depois, encontrou no perdão a possibilidade de
ajudar outras pessoas a se libertarem dos seus traumas.
Edith era apenas uma garota, descobrindo a vida e o amor;
bailarina e ginasta, ela tinha 16 anos quando o Exército alemão invadiu seu
vilarejo na Hungria, enviando ela e sua família( e outros tantos judeus) para Auschwitz, maior campo de concentração
nazista. Seus pais foram enviados à câmara de gás, mas ela e a irmã
sobreviveram, mesmo depois de tanto sofrimento e humilhação nas mãos dos
nazistas, e após anos e anos tendo que lidar com as terríveis lembranças e a
culpa, ela escolheu perdoá-los e seguir vivendo com alegria.
Já adulta e mãe de família, resolveu cursar psicologia. Hoje ela trata pacientes que também lutam contra o transtorno de estresse pós-traumático e já transformou a vida de veteranos de guerra, mulheres vítimas de violência doméstica e tantos outros que, como ela, precisaram enfrentar a dor e reconstruir a própria vida. Este é um relato emocionante de suas memórias e de casos reais de pessoas que ela ajudou. Uma lição de resiliência e superação, em que Edith nos ensina que todos nós podemos escapar à prisão da nossa própria mente e encontrar a liberdade, não importam as circunstâncias.
A Segunda
Guerra Mundial marcou a História da humanidade pela forma cruel como
interrompeu sonhos, separou famílias, saqueou bens; deixando marcas profundas e
indeléveis nas almas das pessoas, por gerações. Para os sobreviventes é impossível
apagar as marcas da saudade, da raiva que sufoca a alma, da vergonha e do medo;
traumas que vão carregar pela vida afora.
Poucas
vezes temos a oportunidade de conhecer história de pessoas que conseguiram
sobreviver a tudo isso, e olhar para trás com a consciência de que esse horror
ficou no passado.
Edith é uma
sobrevivente do horror que foi a 2ª Guerra Mundial, mas ela calava sua dor,
tentava esconder seus traumas, queria ter uma vida normal; não queria que seus filhos fossem herdeiros de sua história
terrível; mas a dor, a raiva, o medo e a vergonha estavam ali; sentimentos que
afloravam independente de sua vontade de esquecer. Levou muito tempo para ela
aceitar que precisava libertar-se de sua dor, de seus traumas; e a forma que
ela encontrou para fazer isso é impressionante: ajudar outras pessoas a
superarem seus traumas e seguirem adiante, sendo o melhor de si mesmos.
Este livro é uma memória importantíssima de toda a vida dessa
mulher que superou os traumas que a vida lhe impôs. Narrado por ela mesma, vamos
acompanhando sua trajetória de vida; e do estresse pós traumático que perdurou
por anos até usar essa dor para ajudar pessoas que também passaram por traumas
em sua jornada.
Nessas páginas existe uma história extraordinária que nos
ajuda a entender a necessidade de buscarmos o nosso próprio perdão e aceitação
para os acontecimentos da vida, do fato de que não podemos mudar o passado, mas
podemos viver muito melhor o presente se alcançarmos algo que é tão importante:
a liberdade da alma.
Um relato carregado de emoção, de uma vida que poderia ter se
entregado a depressão e ao vitimismo justificado, mas optou por fazer a
diferença. Uma experiência marcante e inesquecível que vale a pena conhecer e
guardar em nosso coração.
SAIBA MAIS SOBRE EDITH AGER:
COMO ESTÁ AUSCHWITZ HOJE?
https://www.penaestrada.blog.br/como-e-visitar-auschwitz-birkenau/