Carlos Drummond de Andrade

terça-feira, 15 de dezembro de 2020

Poema: Memória

 



Em "Memória", o sujeito poético confessa que está confuso e magoado por amar aquilo que já perdeu. Por vezes, a superação simplesmente não acontece e esse processo não pode ser forçado.

A composição fala daqueles momentos em que continuamos amando mesmo quando não devemos fazê-lo. Movido pelo "sem sentido / apelo do Não", o sujeito insiste quando é rejeitado. Preso ao passado, deixa de prestar atenção ao tempo presente, aquilo que ainda pode tocar e viver. Contrariamente à efemeridade do agora, o passado, aquilo que já terminou, é eterno quando se instala na memória.

adjetivo de dois gêneros
  1. 1.
    que se pode tanger, tocar; sensível, tocável.
  2. 2.
    que se percebe pelo tato; corpóreo, palpável.




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