Vacinas COVID 19
Nesta segunda-feira (20), a ciência conseguiu provocar uma espécie de onda planetária de esperança com uma notícia muito bem-vinda. Pesquisadores publicaram resultados preliminares promissores de testes com vacinas contra a Covid-19.
Nesta segunda-feira (20), a ciência conseguiu provocar uma espécie de onda planetária de esperança com uma notícia muito bem-vinda. Pesquisadores publicaram resultados preliminares promissores de testes com vacinas contra a Covid-19.
A notícia não poderia ser melhor: as principais pesquisas de vacinas conseguiram uma resposta segura e forte contra o novo coronavírus. Uma delas é da Universidade de Oxford, no Reino Unido, em parceria com a empresa farmacêutica AstraZeneca - e já era considerada a mais avançada até agora. Outra é desenvolvida pela empresa chinesa CanSino Biologics e pela unidade de pesquisas das Forças Armadas da China.
Os dois resultados foram publicados,
nesta segunda, na revista médica Lancet, e se referem às fases de testes um e
dois, feitos em menor escala. Nos dois casos, os voluntários produziram
anticorpos e células T; os protagonistas na linha de defesa do corpo.
Os anticorpos se
amontoam num vírus, impedindo que ele encaixe na célula e cause a infecção. A
outra linha de defesa do corpo vai por um caminho diferente: as células T matam
as células infectadas, que estavam fabricando mais e mais vírus.
O método mais tradicional de criação de
vacinas enfraquece um vírus no laboratório, quando ele é injetado no corpo, o sistema
de defesa aprende a lidar com um inimigo que praticamente não ataca.
A vacina de Oxford e a vacina chinesa conseguem essa dupla reação de um jeito
diferente. A técnica não ensina o corpo a identificar o novo coronavírus;
ensina a identificar só a parte mais importante: a proteína que fica na coroa
dele, aquela que consegue abrir e infectar a célula humana.
A palavra “corona” significa “coroa”. O
que os pesquisadores de Oxford e da chinesa CanSino fizeram foi pegar essa
“proteína” que só o novo coronavirus tem e inserir num vírus ativo de resfriado
comum. O corpo reconheceria o novo coronavírus a partir do espinho dele.
Os testes de Oxford
foram com 1.077 pessoas, somente no Reino Unido: a vacina precisou de duas
semanas para induzir a resposta de células T; e 28 dias para produção de
anticorpos.
Essa imunidade continuou alta até a
publicação dos resultados. Um dos autores destacou a segurança da vacina.
A injeção chegou a causar cansaço e dor
de cabeça na maioria das pessoas que tomaram. O efeito colateral mais relevante
foi febre. Os voluntários têm entre 18 e 55 anos - idosos não participaram
desta parte do estudo.
A vacina chinesa também só foi testada
em adultos mais jovens. Os testes com mais de 500 voluntários foram em Wuhan,
onde a Covid-19 teria surgido. Mais de 90% do grupo que tomou a vacina ainda
tinham a dupla proteção pelo menos um mês depois da injeção.
Só que a resposta de células T foi bem
mais alta que a de anticorpos. A vacina da empresa CanSino teve praticamente os
mesmos efeitos colaterais que a de Oxford.
As duas pesquisas aumentaram- e muito -
a base de voluntários. Essa é a fase
três, a fase final, mas os cientistas não sabem quando vão ter os
resultados.
Como eles não estão infectando o
voluntário com o próprio novo coronavírus, eles precisam esperar o grupo que
recebeu a vacina circular por aí e ver se pegaram a doença.
A universidade de
Oxford imaginava que a fase final de testes seria bem mais rápida. Mas a grande
maioria da população britânica seguiu o isolamento e a transmissão no Reino
Unido caiu demais.
Os pesquisadores precisaram testar a
vacina em larga em escala em países em que o contágio ainda está acelerado. O Brasil foi um dos escolhidos. Foram 2
mil voluntários em São Paulo, 2 mil na Bahia e outros mil no Rio de Janeiro.
O projeto tem a participação da Rede
D’or, da Fundação Lemann e da Universidade Federal de São Paulo. Ao todo, 50
mil pessoas vão participar dos testes em todo o mundo. Essa fase final inclui
ainda os grupos de risco.
Oficialmente, os cientistas não cravam
nenhuma data para os resultados finais.
O
Brasil tem um acordo para receber 30 milhões de doses até janeiro de 2021, caso
a vacina seja aprovada.
“Essa é uma pergunta que todo mundo
quer saber: quando teremos efetivamente a vacina. Teoricamente só teremos
alguma chance de aprovação de registro depois de um ano quando tivermos todos
os resultados. Se no transcorrer do estudo, a gente acumular resultados muito
positivos, é possível que com esses resultados possa-se pedir uma licença mais
cedo. Essa é a perspectiva e expectativa de muita gente, de a gente conseguir
uma vacina ainda no final do ano”, destaca a doutora Lily Yin Weckx,
coordenadora dos testes no Brasil/CRIE-Unifesp.
No mundo todo, há 163 pesquisas de
vacinas contra o novo coronavírus - 23 delas estão na fase de teste em pessoas.
A empresa alemã Biontech e a parceira
farmacêutica americana Pfizer também divulgaram resultados preliminares
positivos, nesta segunda. Mas o teste dessa vacina ainda não foi revisado por
outros especialistas. Os primeiros 60 voluntários saudáveis apresentaram
resposta imune forte.
As pesquisas são extremamente promissoras,
mas ainda é cedo para saber se as vacinas oferecerem proteção. É um longo
percurso, mas até agora a ciência caminha a passos largos - e firmes.
Nesta terça (21) começam os testes de
uma outra vacina chinesa no Brasil. As doses chegaram nesta segunda a São
Paulo. Os primeiros voluntários são profissionais da área da saúde que lidam
diretamente com pacientes da Covid. O Instituto Butantan está ajudando no
desenvolvimento da vacina.
G1.com.br/JN
Uma luz!Muita expectativa nos testes.
ResponderEliminarSão notícias como essas que enchem nossos corações de esperança🙌🙏!
ResponderEliminarEveliny Batista Dos Santos
2° ano A
Witor Rodrigues, 3 ano B
ResponderEliminarEstamos na torcida 🙏🙏
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